Uma releitura de jornais e revistas mostra a presença de Thereza e Tom Maia pelo Brasil, de norte a sul e por vários países. É a própria memória dos autores, além dos livros, em paralelo a eles.
Bom exemplo é o do Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, em 10/06/1978: “O desenho do passado como matéria de memória, recolhido para a posteridade no traço leve de Tom Maia... Viajando numa Rural com sua mulher Thereza Regina, partiu de Guaratinguetá, onde mora... seguindo pelo Brasil afora...” Ou no texto da Folha de São Paulo de 27/10/1978 e de 03/11/1983: “Paulista de Guaratinguetá. Este apenas o primeiro da série infinita de laços que unem o casal Thereza Maia e Tom Maia, 'o mago do desenho'”. E no dia 24 de abril, do mesmo ano de 1978, no Diário de Pernambuco: “Thereza e Tom Maia. Dois pesquisadores em busca de nossas raízes... Mais que um roteiro geo-histórico e sentimental é um poema de amor... uma prece às pedras, paredes, torres, telhados e caminhos... na luta pela preservação de nossa história”. Na opinião de Pedro Calmon, in “O Estado de São Paulo”, de 03/07/1986, em “Memória a bico-de-pena”: “Tom e Thereza Maia tornaram-se beneméritos da cultura nacional, enriquecendo-a com alguns álbuns magistrais de desenhos interpretativos”. Em O Popular de Goiânia (25/11/1979) está registrado sob o título “Brasil de Ontem - Brasil de sempre”, na redação de Paulo de Medeiros e Albuquerque que: “Tom Maia, o brasileiro de São Paulo, mais precisamente de Guaratinguetá, como sua esposa Thereza, se completam magnificamente: ele desenhando a bico-de-pena o que resta de nossas maravilhosas cidades, eternizando-as no papel e ela fazendo legendas inteligentes, cultas, elucidativas dos lugares focalizados”. O Pasquim, de 5 a 11 de março de 1978, é mais incisivo sobre o casal: “A memória cultural brasileira, se não é feita por alguns abnegados, ficará sepulta definitivamente”.
Em entrevista ao Valeparaibano, em 04/09/1977, Thereza e Tom destacam: “Nós não somos contra o progresso - é inexorável que ele aconteça - mas queremos que ele aconteça sem a destruição da memória”. Para a Folha de São Paulo (22/06/1975), em entrevista a Denise Natale, a mensagem: “O que a gente pretende... é despertar a consciência das pessoas para os valores de nossa própria cultura. Não adianta vivermos sob o paternalismo de órgãos oficiais de defesa ao nosso patrimônio. Cabe a cada brasileiro amar e cuidar do que lhe pertence”.
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